tag:blogger.com,1999:blog-80575899189091364292023-07-19T04:01:15.860-03:00Interagir SociologiaEste espaço é destinado a todos que estejam interessados em interagir conhecimentos da área de sociologia para o ensino médio.Natalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-48595522723999250222009-11-26T11:51:00.014-02:002009-12-01T09:32:07.370-02:00Cultura e Diversidade cultural<div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>O que se entende por cultura?</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b> </b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQAWT8k481nWXG5V5oWqQhMxDsR8EE5ZK7o9kaZx0fMwlqxJacYONq43j7z5AdjCTPg57GnYLxPV-8ghJEWzd80MCEuTuwkAHiOr0DWYzuNESEEDofFho-o0GiluXtzdZy-JccTSC96yF4/s1600/Nova+Imagem+%282%29.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQAWT8k481nWXG5V5oWqQhMxDsR8EE5ZK7o9kaZx0fMwlqxJacYONq43j7z5AdjCTPg57GnYLxPV-8ghJEWzd80MCEuTuwkAHiOr0DWYzuNESEEDofFho-o0GiluXtzdZy-JccTSC96yF4/s200/Nova+Imagem+%282%29.bmp" /></a>Antes de definirmos o que significa cultura é importante lembrar que a palavra cultura costuma expressar uma visão diferenciada daquela que hoje é conhecida. Uma vez que a partir do séc. XVIII, na Europa, o conceito de cultura passou a ser associado a progresso e desenvolvimento de uma civilização, na qual o homem na relação com a natureza busca a construção de uma ordem humana “superior”.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Daí a idéia imediata de cultura, associada ao conhecimento presente nos livros, às artes, em resumo àquilo que chamaríamos de cultura erudita. Com isso, a distinção de homens cultos (educados, intelectual e artisticamente) dos incultos, e também para comparar e classificar civilizações diferentes em civilizadas ou não.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">No senso comum, é bastante corriqueiro, ainda atribuírem que uma pessoa “tem cultura” quando, de um modo geral é muito bem informada, tem um conhecimento adquirido ou conhecimento acumulado. Diz-se que pessoa é “culta” quando ela tem muitos conhecimentos, fez universidade, pós-graduação. <br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>Conceito de cultura<b></b></b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Entretanto, o conceito de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Diversidade_cultural">cultura</a> tem um significado mais amplo que aquele visto no senso comum, pois, de um modo geral está relacionado à vida total de um povo. Compreendendo a herança social que o individuo recebe de seu grupo ou a parte do ambiente que foi criada pelo indivíduo.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Nesse sentido, cultura abrange as formas pelas quais as pessoas vão compreendendo, representando e se relacionando com os vários elementos componentes de sua existência: o trabalho, a religião, a linguagem, a ciência, as artes e a política, a moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábito adquiridos ou criados pelo homem como membro de uma sociedade. <br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>Representações simbólicas</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Consisti em elementos necessários a própria existência humana, registrados como representações simbólicas. Desse modo, a cultura constitui o campo simultaneamente material e simbólico das atividades humanas. Toda ação humana e consequentemente toda a vida social tem um conteúdo simbólico, a exemplos de imagens, discursos, regras, normas, ritos, mitos e dogmas, além dos objetos, gestos, a linguagem e até a postura corporal das pessoas.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Em síntese, o sentido de cultura envolve:<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">- Conjunto de crenças (religião, ideologias, etc.);<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">- Regras ou normas de comportamentos (o que se pode e o que não pode fazer);<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">- Diversos instrumentos para realizar suas atividades (lápis, caderno, enxada, carros, máquinas, etc.);<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Hábitos (modo de vestir, costumes alimentares);<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">- Técnicas, manifestações artísticas, tradições que são produzidos e transmitidos no interior de uma sociedade. <br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>1. O Papel da Educação na transmissão da cultura</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">A aquisição e a perpetuação da cultura, portanto, é um processo social, resultante da aprendizagem. Cada sociedade transmite às novas gerações o patrimônio cultural que recebeu de seus antepassados. Por isso, a cultura é também chamada de herança social. <br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Nas sociedades em que não há escolas, a transmissão da cultura se dá por intermédio da família ou da convivência com o grupo adulto (educação é informal).<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Quando há escolas, estas se encarregam de completar a transmissão da cultura iniciada na família e em outros grupos sociais (educação é formal).<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">A educação, tanto a formal, quanto informal tem um papel importante na transmissão da cultura, porque transmite aos indivíduos os valores, os conhecimentos, as técnicas, o modo de viver, enfim, a cultura do grupo.<br />
<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>2. Identidade Cultural</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">A cultura pode ser definida também como um estilo de vida próprio, um modo de vida particular que todas as sociedades desenvolvem e que acaba por distinguir cada uma delas. Assim, os indivíduos que compartilham a mesma cultura apresentam o que se chama de identidade cultural. <br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">É essa identidade cultural que faz com que a pessoa se sinta pertencendo ao grupo, é por meio dela que se desenvolve o sentimento de pertencimento a uma comunidade, a uma sociedade, a uma nação, a uma cultura.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Por exemplo, as comunidades indígenas são realidades culturais diferenciadas em relação à sociedade dita “civilizada”. Como tal, são capazes de reproduzir regras, valores e estilos próprios de organização. Os indivíduos que pertencem a elas desenvolvem um forte sentimento de identidade cultural.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>3. O aspecto material e o não-material da cultura</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">A cultura material consiste em todo tipo de utensílios produzidos em uma sociedade – ferramentas, instrumentos, máquinas, hábitos alimentares, habitação, etc. – e interfere diretamente em seu estilo de vida.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Por exemplo: um dos alimentos básicos no interior do nordeste brasileiro é a farinha de mandioca; muitos nordestinos preferem utilizar redes em vez de camas para dormir; também no interior dessa região, as casas das classes baixas são muitas vezes construídas com barro socado entre hastes de madeira cruzadas (taipa) e cobertura de palha. Forma-se, assim, um modo ou estilo de vida fundamentado na cultura material da região. Portanto a cultura material abrange todo e qualquer objeto resultante da transformação da natureza pelo trabalho humano.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Enquanto a cultura não-material abrange todos os aspectos morais e intelectuais da sociedade, assim como: normas sociais, religião, costumes, ideologia, ciências, artes, folclore, músicas, etc. Por exemplo, a maior parte da população brasileira segue a religião católica; não existe pena de morte em nossa legislação e a miscigenação racial é forte, embora persistam manifestações de preconceito e atitudes discriminatórias, principalmente contra os negros. <br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Assim, os aspectos não-materiais da cultura brasileira contrastam com o que encontramos nos Estados Unidos, por exemplo, onde a maioria da população é protestante; e muitos de seus estados empregam a pena de morte, e a discriminação racial era oficialmente permitida até a década de 1960, quando, após muita luta, criaram-se leis que impedem as práticas racistas.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Padrão cultural - Padrão cultural é um conjunto de normas que rege o comportamento dos indivíduos de determinada cultura ou sociedade. É a cultura que estabelece os padrões de comportamento. Um padrão de comportamento é uma norma, isto é, uma expectativa ou uma determinação de como o indivíduo deve agir dentro de um grupo. Em outras palavras: quando os membros de uma sociedade agem de uma mesma forma, estão expressando os padrões culturais do grupo. Por exemplo, na sociedade brasileira, o casamento monogâmico é um dos padrões culturais, é normal e aceito um homem beijar uma mulher, os pais beijarem os filhos, mas não um homem beijar outro homem. Porem em outras sociedade esses exemplos podem fazer parte de suas normas, hábito, logo o que é norma em uma sociedade pode não ser em outra. <br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Subcultura - No interior de uma cultura podem aparecer diferenças significativas, caracterizando a existência de uma subcultura. Assim, por exemplo, há comunidades no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, nas quais certos costumes e valores se diferenciam claramente dos praticados em outras regiões do país. Em algumas dessas comunidades, as pessoas se comunicam não só em português, mas também em idiomas europeus, como o alemão. Por seu isolamento, mantiveram traços culturais dos países de origem: hábitos alimentares, festas típicas e, em alguns casos, até o idioma materno. Temos, assim, uma subcultura regional no quadro mais amplo da cultura brasileira.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">A ocorrência de subculturas não se limita a diferenças regionais. Também pode se verificar na relação entre gerações. Às vezes, por exemplo, os jovens criam costumes e modos de vida, radicalmente, distintos da norma adulta. Pó isso, alguns autores falam da existência de uma subcultura juvenil.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>4. <b> O crescimento do patrimônio cultural Invenção e difusão cultural</b></b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">As invenções são geradas pela combinação entre o patrimônio cultural da sociedade e determinadas necessidades sociais. Nenhum inventor, parte da estaca zero. Em seu trabalho de criação, ele utiliza o conhecimento acumulado de sua cultura, combinando elementos preexistentes para produzir algo novo.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Assim, invenção é a combinação de traços já existentes, dando como resultado um traço cultural novo. Muitas vezes, como no caso do trem e do automóvel, as invenções acarretam mudanças amplas e profundas em toda a cultura.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Alguns traços culturais, como uma nova moda ou o uso de um equipamento recentemente inventado, difundem-se não só na sociedade em que tiveram origem, mas também entre culturas diferentes, geralmente através dos meios de comunicação (jornais, revistas, televisão, cinema, rádio, Internet, etc.).<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Quando isso ocorre, dizemos que está havendo um processo de difusão cultural. Pode-se afirmar que o enriquecimento cultural se verifica mais freqüentemente por difusão do que por invenção.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Geralmente, o patrimônio de uma cultura cresce de geração em geração. As culturas se desenvolvem incorporando traços culturais em maior número do que aqueles que caem em desuso.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Assim, a cultura é o somatório de todas as realizações das gerações passadas que se sucederam ao tempo, mais as realizações da geração presente.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>5.<b> Aculturação</b>: </b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Durante a colonização do Brasil, houve intenso contato entre a cultura do conquistador português e as culturas dos povos indígenas e dos africanos trazidos como escravos.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Em decorrência desse contato, ocorreram modificações tanto na cultura dos europeus recém-chegados – que assimilaram muitos traços culturais dos outros povos – quanto na dos indígenas e africanos, que foram dominados e perderam muitas de suas características.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Desse processo de contato e mudança cultural – conhecido como aculturação – resultou a cultura brasileira.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>Os mil tons da aquarela cultural do Brasil</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Formadas originalmente do encontro de portugueses com indígenas e africanos, desenvolveram-se, neste imenso território, separadas por longas distâncias, diversas sociedades com especificidades próprias, que refletem não só as condições da natureza local, mas históricas também.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Nas diversas regiões podemos observar – nos traços físicos da população, na culinária, no linguajar, no folclore, nos ritmos, nas festas populares, na religião e em vários outros aspectos – ora a presença marcante da cultura de raízes africanas, ora a cultura indígena, portuguesa e também italiana, alemã, japonesa, etc.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">(Adaptado de: Júlia Faliverne Alves. Identidade nacional em debate.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">São (Paulo, Moderna, 1997.p.96-7).<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>Marginalidade cultural </b>- Na cidade paulista de Tupã – na reserva dos índios Caingangue – vivem, em trezentos alqueires, duzentos indígenas descaracterizados culturalmente. Eles são atendidos por um grupo de funcionários da FUNAI (Fundação Nacional do Índio); desconhecem totalmente seu passado, não conseguem mais se expressar em sua própria língua, não lembram mais de seus cantos, de suas danças e de suas antigas práticas de caçadores e pescadores. Também não estão incorporados à cultura da civilização que os cerca. São mansos e tristes.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Quando duas culturas entram em contato, podem ocorrer – alem da aculturação – conflitos emocionais nos indivíduos que pertencem a ambas as culturas.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Esses conflitos têm origem na insegurança que as pessoas sentem diante de uma cultura diferente da sua. Aqueles que não conseguem se integrar totalmente a nenhuma das culturas que os rodeia ficam à margem da sociedade. A esse fenômeno dá-se o nome de marginalidade cultural.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>6. A indústria Cultural e os Meios de Comunicação de Massa</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">De um modo geral o conceito de Indústria Cultural foi criado para definir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Chama-se cultura de massa toda cultura produzida para a população em geral — a despeito de heterogeneidades sociais, étnicas, etárias, sexuais ou psicológicas — e veiculada pelos meios de comunicação de massa. Cultura de massa é toda manifestação cultural produzida para o conjunto das camadas mais numerosas da população; o povo, o grande público.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Os meios de comunicação funcionam como uma verdadeira indústria de produtos culturais visando exclusivamente ao consumo. A indústria cultural vende mercadorias, imagens do mundo e faz propaganda desse mundo tal como é para que assim permaneça. Ao maquiar o mundo nos anúncios que divulga ela acaba seduzindo as massas para o consumo das mercadorias culturais, a fim de que esqueçam a exploração que sofrem nas relações de produção.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">O Brasil, hoje, não é mais um país das palavras, é um país audiovisual, a maioria da população vê televisão e escuta rádio, mas tem acesso restrito a livros e jornais, tv a cabo e internet. Com uma população com baixo nível de escolaridade e um índice de analfabetismo alarmante (decorrente de um modelo extremamente concentrador e injusto que se aplica no país). Por outro lado o Brasil é um amplo mercado produtor e consumidor de cinema, CDs, computadores, CD-RONS, além de ocupar um lugar destacado na internet. Existindo uma enorme disparidade entre a produção e o cesso aos bens culturais no país. Acesso que se restringe cada vez mais a setores cada vez mais minoritários da população.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">A propaganda é o elemento chave na sociedade de consumo em que vivemos o mundo vendido pelos anúncios é um mundo de sonhos sem conflitos, onde o melhor shampoo ou desodorante abre as portas para o sucesso - sempre individual. Os anúncios veiculam uma vida ideal – prazer, dinheiro, saúde, felicidade familiar, a um público que em sua grande maioria não pode conquistá-la. Essa imagem tem o efeito de conformar a população a se satisfazer com essas imagens. Quem pode penetrar no mundo do consumo é a classe alta, média-alta e média. O restante da população deve se contentar em ver e imaginar. Há outra visão que aposta na capacidade crítica desse público que estaria próximo de questionar toda essa ordem social que se constrói e se mantém sobre esse tipo de contradição veiculada pela indústria de massa.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><i><b>Referência:</b></i><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><i>OLIVEIRA: Pérsio Santos. Introdução à Sociologia. Série Brasil. Ensino Médio. V. único. Ed. ABDR, São Paulo, 2005.</i><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><i>TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação a sociologia, 2 edição - São Paulo: Atual: 2000.</i><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><i>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_massa</i><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b>Atividade de classe:</b><br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">1. Explique com suas palavras o que é cultura?<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">2. Qual a relação entre educação e cultura?<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">3. Cite quatro 4 exemplos de elementos da cultura material que o rodeiam neste momento.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">4. Cite 4 exemplos de elementos da cultura não material.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">5. O que você entendeu por padrão cultural?<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">6. Cite um exemplo de difusão cultural que tenha presenciado.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">7. Cite um exemplo de subcultura.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">8. Explique como ocorre a marginalidade cultural.<br />
</div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Times,"Times New Roman",serif;">9. Explique qual é o impacto da veiculação dos valores dominantes no modo de pensar sentir e agir das massas.<br />
<br />
<div class="Section1"><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-size: large;"><b>Conceitos de Ideologia, Cultura de massa e Indústria cultural.</b></span><b><u><o:p></o:p></u></b><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><b><o:p> </o:p></b><br />
</div></div><div class="widget-content"><style>
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</style> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">A idéia imediata de cultura</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"> tende a ser associada as artes, ao conhecimento presente nos livros, em resumo naquilo que chamaríamos de cultura erudita. A idéia de cultura “como modo de agir, pensar e sentir” de uma sociedade abrange e ultrapassa essa identificação entre arte e cultura. Embora, tratando esses modos de “agir, pensar e sentir”<b> </b>como socialmente construídos, o conceito de cultura corre o risco de perder em suas análises a dimensão da dominação político-econômica que se dá numa sociedade capitalista. Que é em grande parte responsável pela predominância de determinados modos de “agir, pensar e sentir”, e não de outros.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">Quanto <b>ao conceito de Ideologia</b>, já vimos que ele acaba relacionando-se exclusivamente a esfera do poder e da manutenção dos interesses de classe. E isso impede que os elementos culturais da sociedade sejam pensados não apenas como simples representações de valores e crenças de classes economicamente dominantes, <u>mas também, como elementos determinantes do funcionamento, manutenção e transformação da sociedade</u>.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">Analisando a <b>concepção que associa a ideologia à distorção da realidade, </b>chegaríamos a conclusão que na nossa sociedade capitalista se mantém tal qual é porque veicula entre todos os seus membros <b>valores</b> que não são seus, fazendo-os acreditar que são. Assim em oposição a uma realidade verdadeira teríamos uma falsa realidade que se impõe ao conjunto da sociedade, baseada nos interesses da classe que a domina nos planos: político, cultural e, principalmente, econômico. Essa veiculação de <b>valores e idéias</b> é uma forma de camuflar e de reforçar sua dominação<b> a fim de que se minimizem e desqualifiquem as iniciativas de transformações provenientes das demais classes componentes da sociedade</b>.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">Não podemos negar a importância do conceito de ideologia para compreender nossa sociedade. Uma ideologia composta de elementos de várias ideologias, característica da sociedade capitalista, é veiculada pelos meios de comunicação de massa, aparece nos acontecimentos comuns de nosso cotidiano e visa influenciar o nosso comportamento. Uma ideologia composta exatamente das imagens de harmonia, identidade e ausência de conflito.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">Cultura de massa ou indústria cultural</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"> - os meios de comunicação funcionam como uma verdadeira indústria de produtos culturais visando exclusivamente ao consumo<b>. A indústria cultural vende mercadorias, imagens do mundo </b>e faz propaganda desse mundo tal como é para que assim permaneça. Ao maquiar o mundo nos anúncios que divulga ela acaba seduzindo as massas para o consumo das mercadorias culturais, a fim de que esqueçam da exploração que sofrem nas relações de produção.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">O Brasil, hoje,</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"> não é mais um país das palavras, é um país audiovisual, a maioria da população vê televisão e escuta rádio, mas tem acesso restrito a livros e jornais, tv a cabo e internet. Com uma população com baixo nível de escolaridade e um índice de analfabetismo alarmante (decorrente de um modelo extremamente concentrador e injusto que se aplica no país). Por outro lado o Brasil <b>é um amplo mercado produtor e consumidor</b> de cinema, CDs, computadores, CD-RONS, além de ocupar um lugar destacado na internet. Existindo uma enorme <b>disparidade entre a produção e o acesso</b> aos bens culturais no país. Acesso que se restringe cada vez mais a setores cada vez mais minoritários da população.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">A propaganda </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">é o elemento chave na sociedade de consumo do mundo em que vivemos vendido pelos anúncios é um mundo de sonhos sem conflitos, onde o melhor shampoo ou desodorante abre as portas para o sucesso - sempre individual. Os anúncios veiculam uma vida ideal – prazer, dinheiro, saúde, felicidade familiar, a um público que em sua grande maioria não pode conquistá-la. Essa imagem tem o efeito de conformar a população a se satisfazer com essas imagens. Quem pode penetrar no mundo do consumo é a classe alta, média-alta e média. O restante da população deve se contentar em ver e imaginar<b>. Há outra visão que aposta na capacidade crítica</b> desse público que estaria próximo de questionar toda essa ordem social que se constrói e se mantém sobre esse tipo de contradição veiculada pela indústria de massa.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><u><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><u1:p></u1:p><u1:p></u1:p></span></u></b><span style="background-color: blue; color: white; font-size: large;">Definição de conceitos:</span><b><u><u1:p></u1:p></u></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">Ideologia: </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">expressão criada no começo do séc. XIX por Destutt de Tracy com o significado de ciências que tem por objeto o estudo das idéias. Mais tarde por Karl Marx e Friedrich Engels deram a ela o sentido de consciência social de uma classe dominante, ou conjunto de idéias falsas e enganadoras destinadas a mascarar a realidade social aos olhos das classes dominantes, encobrindo as relações de exploração e dominação a que estão submetidas essas classes. Nessa concepção, ideologia teria o mesmo significado de “falsa consciência”. Atualmente o termo é empregado com sentido de conjunto de idéias dominantes em uma sociedade, ou como “visão de mundo” de uma classe social, de uma sociedade ou de uma época.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_cultural"><u1:p></u1:p>Indústria cultural</a>: </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">A industrialização em larga escala de bens culturais, incluindo traços da cultura erudita e da popular, deu início a indústria cultural, ao mesmo tempo, o incessante desenvolvimento da tecnologia, principalmente nos meios de comunicação (fotografia, disco, televisão, internet, etc.) permitindo a produção de bens culturais em escala crescente e colocando a disposição de um grande número de pessoas, originou a chamada cultura de massa.<o:p></o:p></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-indent: -18pt;"><b><span style="color: #000066; font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">Diferença entre Ideologia e Cultura<o:p></o:p></span></b><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· A Ideologia traduz certa leitura do real, apresentando a cada grupo um sistema de idéias, crenças e valores coerentemente organizado que traduz o que ele é e que propõe a necessária orientação futura. <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· A ideologia é um elemento da cultura. É dentro da ideologia como um elemento da cultura que cada colectividade constrói uma representação de si própria, procura dar uma interpretação daquilo que é, ao mesmo tempo em que explica as suas aspirações. <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· Se a cultura como um todo orienta a ação da coletividade, a ideologia propõe-se orientar essa ação de modo voluntário e mais explícito, procurando sempre provocar, manter e salvaguardar uma unanimidade de ação e de motivação. <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· A ideologia não é um mero elemento da cultura, mas o seu verdadeiro núcleo. É dentro da ideologia que se criam novos valores ou se recriam os velhos dando-lhes um novo sentido. <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· A ideologia adianta-se à cultura na medida em que não propõe, apenas, a aceitação dos comportamentos sociais, antes pode produzir acção não conformista. <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=8057589918909136429&postID=4859552272399925022" name="ideologia_e_accao"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">IDEOLOGIA E AÇÃO</span></a><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"> <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· Ideologia é um "sistema de ideias e de juízos, explícita e geralmente organizado, que serve para descrever, explicar, interpretar ou justificar a situação de um grupo ou de uma coletividade e que, inspirando-se em larga medida em certos valores, propõe uma determinada orientação à ação histórica desse grupo ou dessa colectividade." (G. Rocher) <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· As leituras ideológicas, produzidas pelos diversos grupos sociais, desempenham uma importante função social. Ao fornecerem um discurso comum sobre a realidade, através do qual os atores se reconhecem a si mesmos, justificam e mantêm a coesão do grupo, propondo, mesmo, uma orientação para a acção histórica desse grupo. <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· A ideologia pressupõe ação, ao exortar e orientar o grupo a agir no sentido da consecução dos objectivos que se propõe e que considera seus, de direito. <o:p></o:p></span><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">· A ideologia como visão do mundo ligada aos interesses de um grupo ou estrato claramente determinado na sociedade, atuando como mola propulsora para a ação conservadora (manutenção do status quo) ou a inovadora (transformação), fundamentou e justificou, na história da humanidade, várias formas de sociedade e o seu sistema de poder político. <o:p></o:p></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><u1:p></u1:p><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><br />
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<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b style="color: blue;">O Etnocentrismo</b><b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><u style="color: blue;">,</u><span style="color: blue;"> sobre a perspectiva da verdadeira importância da cultura: A construção da realidade</span> </span></b></span><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">A </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">verdadeira importância da cultura é que os seres humanos adquirem suas crenças por meio da interação. Nossas verdades, princípios morais, valores e objetivos são em grande medida socialmente criados. Este é o <i>insight </i>importante, e de difícil compreensão. A razão disso é que toda organização social procura dar entender que sua cultura é correta, que de fato é a única maneira como “gente de bem” deve pensar e atuar. Os cientistas sociais geralmente denominam essa <b>tendência etnocentrismo,</b> a idéia de que sua própria cultura (etno) é central (centrismo), para o universo e que todas as outras culturas devem ser julgadas nessa perspectiva, sendo muitas vezes consideradas inferiores.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">Na verdade assim que avaliamos o significado de cultura, torna-se difícil ser etnocêntrico, considerar nossas verdades em termos absolutos. Algumas delas podem ser de fato absolutas, nossos valores e princípios morais podem ser absolutamente corretos, mas nunca podemos ter certeza disso. Tudo que sabemos é a certeza que tudo que acreditamos a respeito do universo foi resultado da interação. É cultural.<o:p></o:p></span><br />
</div><u1:p></u1:p> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial Narrow"; font-size: 11pt;">A realidade pode existir “lá fora” independente do modo como a vemos, o que pensamos sobre ela, o que valorizamos nela e o que consideramos correto originou-se da construção social da realidade É por meio de nossa vida social que pensamos a saber o que existe, que aprendemos o que é real, que nome dar a isso e como usa-lo. Entre a “realidade como ela é e a realidade como eu vejo” existe uma organização social e sua cultura, as lentes sociais por meio das quais você olha.</span><br />
</div></div></div>Natalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-8662154750518883442009-10-03T16:09:00.000-03:002009-10-03T16:09:37.904-03:00Movimentos Sociais1. Movimentos Sociais / Direitos / Cidadania<br />
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Os movimentos sociais sempre estiveram presentes em todas as sociedades, desde a antiguidade até o<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_social"></a>s dias atuais. Na antiguidade destacam-se os movimentos escravos e os religiosos; Na Idade moderna, na fase da desagregação da idade feudal, os movimentos de mercadores e os religiosos. Na idade Contemporânea com o capitalismo já consolidado, os movimentos dos operários se insurgiram contra as condições de vida nas fábricas e nas cidades, bem como os movimentos os camponeses. Na fase atual do capitalismo industrial monopolista, os “novos” movimentos sociais: ambientalistas, pacifista, feminista, etc.<br />
<br />
1.1 Movimentos Sociais clássicos: Os direitos civis políticos e a democracia, na contemporaneidade. <br />
<br />
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O que é movimento social? São todas as formas de mobilização por um grande número de membros da sociedade, com uma determinada visão de mundo e com um objetivo comum e explícito. Numa ação conjunta e organizada a fim de possibilitar mudança/superação das condições de opressão ou conservação das relações sociais quer de uma instituição quer da estrutura social. <br />
Um movimento social sempre se expressa a partir de qualquer que seja a forma de opressão, explicitada na dimensão da vida social, política, religiosa, cultural, etc. Exemplos: as greves, as passeatas, as ocupações de terras são exemplos de movimentos sociais.<br />
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Quaisquer que sejam as expressões de movimentos sociais são sempre marcados de lutas para a conquista de direitos de cidadania. Cidadania – Se resume no direito de viver com dignidade e liberdade, de ver seus direitos respeitados. <br />
A cidadania como direito político significa o exercício dos direitos, compromisso ativo, participação política, responsabilidade; significa participar da vida da comunidade, na sociedade, no país.<br />
Segundo o sociólogo Herbet de Souza (Betinho) “ser cidadão é tudo que acontece no mundo, acontece comigo. Então preciso participar das decisões que interferem na minha vida. Um cidadão com sentimento ético forte não deixa passar nada, não abre mão do poder de participação (...) A idéia de cidadania ativa é ser alguém que cobra, propõe o tempo todo. O cidadão precisa ter consciência de seu poder”.<br />
A cidadania está diretamente vinculada aos direitos humanos, que foi reconhecido formalmente com a Declaração dos Direitos Humanos aprovada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU). <br />
Mas o que são mesmo os direitos humanos? São os direitos fundamentais de todas as pessoas a uma existência digna, sejam elas pobres, brancas, negras, índias, crianças, deficientes, idosos, presos, homossexuais, enfim são direitos de todos, no sentido literal da palavra. São considerados fundamentais, pois constituem pilares para a sobrevivência e garantia de bem-estar social e ético de todos.<br />
Na sociedade moderna é que foram criados os direitos iguais, pelo menos, legalmente. É na busca da efetivação destes direitos que muitas mudanças podem ocorrer na sociedade em geral ou em alguns dos setores dela.<br />
1.2. Mudanças sociais e o direito nas sociedades<br />
<br />
Os direitos nas sociedades antigas e medievais eram direitos desiguais para desiguais. Só na sociedade moderna criaram direitos iguais, pelo menos, legalmente. É na busca da efetivação desses direitos que muitas mudanças podem ocorrer na sociedade em geral ou em alguns setores dela.<br />
Direitos civis - no século XVIII a questão da cidadania começou a aparecer de forma imperceptível, através da formulação dos chamados direitos civis, os quais se expressaram na liberdade religiosa e de pensamento, no direito de ir e vir, no direito à propriedade e também na liberdade contratual, bem como no direito <br />
<br />
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à justiça. Esses direitos não atingiram a totalidade da população. É necessário destacar que nesse período o cidadão no pleno gozo de seus direitos é o indivíduo proprietário de bens e principalmente de terras, notando-se como tudo isso era restrito.<br />
<br />
Direitos políticos - podemos defini-los como o direito do indivíduo de decidir sobre sua vida política - eleger seus representantes políticos, ser eleito para cargos políticos, ter o direito de participar de associações diversas (partidos, sindicatos, conselhos, etc.) de protestar através de greves, pressões, movimentos diversos, em fim, o direito de participar de alguma forma, direta ou indiretamente, da tomada de decisões no processo político.<br />
Nesse sentido, o liberalismo baseia-se politicamente na idéia de soberania popular (poder popular). A expressão mais clara disso é o que está expresso em todas as constituições republicanas: “Todo o poder pertence ao povo e, portanto deriva dele”. Significando que quando se vota está expressando uma vontade que no seu conjunto é de todos, e que os eleitos são os representantes da vontade popular. É por isso que o Parlamento (representante legítimo da sociedade civil) é a instituição central do Estado liberal.<br />
Direitos sociais - se nos momentos anteriores os direitos civis e os direitos políticos estavam estabelecidos, pelo menos teoricamente, para a maioria da população, na prática para uma pequena minoria em meados do século XX temos a promoção dos direitos sociais: moradia decente, educação básica, saúde pública, transporte coletivo, lazer, trabalho, salário, seguro-desemprego, enfim, um mínimo de bem estar econômico e social. E isso se faz com investimentos maciços por parte do Estado, redimensionando suas prioridades, para atender à maior parte da população, a fim de que ela pudesse ter trabalho e algum rendimento, tornando-se consumidora e, assim, mantendo a produção sempre entendida como um mecanismo de mercado.<br />
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1.3. A Criação de Novos Direitos<br />
Se os direitos civis, políticos e sociais estão estabelecidos, e até na maioria das constituições do mundo, isso não significa que os mesmo estão atingindo a maioria da população e mesmo sendo exercidos por eles. Ainda, estão por serem assumidos integralmente. Mas, existem outros direitos que todos os dias aparecem no cenário de uma sociedade complexa e conturbada. São movimentos sociais que lutam pelos direitos de todos, como exemplo dos dois grandes movimentos mundiais: o movimento ambientalista e o feminista. <br />
Além desses dois cabe destacar os inúmeros movimentos sociais urbanos presentes em todas as grandes cidades do planeta (movimentos sociais em várias escalas, desde a local até a internacional) é que estão dando os sinais de que algumas mudanças podem ocorrer. Não podemos esquecer dos movimentos sociais clássicos como o dos operários.<br />
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Origem dos movimentos sociais urbanos<br />
A partir do estabelecimento capitalismo industrial com a acumulação de riquezas (séc. XVIII) que se estabeleceu nas cidades, acarretando novas formas e interações. As cidades extremamente povoadas passaram a abrigar um grande número de trabalhadores das indústrias, assalariados e empobrecidos. E nem todos tinham acesso de moradia aos espaços melhores urbanos, bem como, crescia a exclusão destes do processo social do mundo do trabalho. Viviam em condições degradantes.<br />
Assim nasceu e se desenvolveu o movimento operário com o capitalismo industrial e sob uma jornada excessiva de trabalho, em locais úmidos, mal iluminados e sem ventilação, com salários ínfimos, risco de acidentes freqüentes, vivendo em condições humilhantes. <br />
<br />
<br />
Essa nova “roupagem” social das cidades aglutinou contradições e desigualdades, acabando por induzir a criação de uma moderna estrutura sindical nos grandes centros urbanos. <br />
Foi através de sindicatos fortes e organizados, bem como, através de suas centrais sindicais, é que os trabalhadores conseguiram muitos dos direitos que existem hoje em dia.<br />
<br />
O movimento operário assumiu um caráter internacional na segunda metade do século XIX. E esse fato se deveu à avançada industrialização capitalista na maioria dos países europeus e nos EUA e no Japão. A situação de brutal exploração a que foram submetidos os trabalhadores industriais dos diversos países tornou possível o estabelecimento da identidade entre operários e a unificação de suas lutas. Ademais, pela primeira vez, os movimentos operários apresentavam-se apoiados numa teoria revolucionária que apontava à superação da pressão de classe e à “utopia” da construção de uma sociedade de seres humanos iguais e livres – sem exploração e sem explorados.<br />
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1.4. Os Novos Movimentos Sociais<br />
Da mesma forma que o movimento operário surgiu e se desenvolveu com as contradições da sociedade industrial capitalista, o novo movimento surge e se desenvolve a partir das contradições do capitalismo monopolista em sua fase avançada. Com a crise do Estado de Bem Estar social (anos 60) o Estado perde sua capacidade de financiar o pleno emprego, entra em cena o setor privado, este com a corrida pelo consumo impõe ao planeta e aos humanos um dilema: o desequilíbrio ambiental. O que da origem aos movimentos sociais ambientalistas, marcantes nas sociedades atuais a partir dos problemas que se desenvolveram nelas, com duas correntes: ambientalistas e conservadores <br />
-Ambientalistas - são aqueles se identificam com os movimentos ambientais e lutam por suas causas ecológicas, nacionais e internacionais. Volta-se para o desenvolvimento controlado equilibrado quanto à utilização dos recursos naturais: Greepeace (paz verde) e o S.O.S. Mata Atlântica.<br />
-Conservadoristas - são aqueles que são tratados como adversários da questão ambiental, que pretendem o desenvolvimento não controlado a partir de agentes poluidores, da indústria e da tecnocracia mais radical, nega a utilização de tecnologias que põe em perigo o meio ambiente, optando por soluções alternativas, Ex: Bovê, ativista Francês.<br />
Ambos explicitam claramente as contradições de um modelo de desenvolvimento auto-destrutivo, que põe em perigo não uma determinada classe social, mas a sociedade humana como um todo, na medida em que ameaça o equilíbrio ecológico. <br />
Esses movimentos não estão apenas contrariando interesses de grupos econômicos e/ou de um modelo de interesses de desenvolvimento, mas pondo em causa um direito que é de todos: o direito de uma vida saudável, o que só pode ser assegurado por uma natureza saudável.<br />
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Movimentos Feministas, no século XX pelo fim das discriminações e pelo direito de igualdade com os homens. O que significa que esses movimentos reivindicam o respeito à condição feminina, o direito à diferença, o direito a isonomia, por ex: salários iguais para o mesmo cargo e função. Este é o resultado da nova condição da mulher na sociedade; muitas ingressaram em universidades e qualificaram-se, tabus são derrubados e a mulher passa a ter liberdade sobre o seu próprio corpo com o advento do anticoncepcional.<br />
Conceber a idéia do exercício da cidadania para as mulheres no Brasil tem como suporte político-ideológico: a Declaração dos Direitos humanos das Mulheres, escrita por Olimpe de Gouges, militante de idéias democráticas na França, em 1971, que resultou em sua condenação à morte; o trágico 8 de março em Nova York de 1857, que se tornou um marco de luta das mulheres contra os seus direito violados; a ditadura no Brasil que vitimou <br />
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várias mulheres que lutavam contra os regimes antidemocráticos.<br />
São incontestáveis as mulheres que cotidianamente têm sacrificado suas idéias, suas vidas nas perspectivas da superação das desigualdades sociais que têm cunho machista, radical e classista.<br />
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É importante lembrar que os movimentos sociais urbanos surgem reivindicando melhorias nos setores de transporte, saúde, de habitação, de segurança, etc., que demandam não apenas a manutenção ampliação de políticas sociais, mas a própria mudança de gestão pública.<br />
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O Estado, antes deficiente nos atendimentos das necessidades básicas da população, mostra-se incapaz de fazer face as crescentes demandas nos diversos grupos sociais.<br />
Como exemplo, em Belém tem-se a Comissão de Bairros de Belém (CBB), fundada em janeiro de 1982, reivindicando reforma urbana. Atualmente, a entidade vem encaminhando propostas de políticas públicas para a saúde, saneamento, moradia, direitos humanos, segurança pública, transporte coletivo e educação.<br />
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O movimento negro é um outro exemplo, de expressão das mais diversas formas organizativas do povo negro, voltado a combater explicitamente o racismo e/ou valorizar a afro-cultura no Brasil. As primeiras entidades que atuam com esse propósito em Belém são: CEDENPA – Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará, Movimento Afro-descendente do Pará Mocambo, Amor – Associação Cultural do Movimento Reggae de Belém e Ananindeua e outros.<br />
Aprovada pela ONU em 975, Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes define como portador de deficiência “qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em sua capacidade física ou mental”. Em defesa do deficiente no Pará temos a APPD – Associação Paraense dos Portadores de Deficiência que luta pelos direitos dos seus associados.<br />
No que diz respeito à questão da cidadania homossexual destacamos no Pará o MHB – Movimento Homossexual de Belém, GHP – Grupo de Homossexuais do Pará, Apolo e o COR – Grupo de Cidadania, Orgulho e Respeito - que através da realização de dois congressos homossexuais em Belém apresentaram propostas e idéias / projetos, alguns já aprovados, como: realização de trabalhos de conscientização nas escolas, possibilitando a inserção de homossexuais no ambiente escolar; aumento de hospitais – referência em tratamento e atendimento de pacientes com HIV em Belém; funcionamento 24h da Delegacia Discriminatória; criação de uma política não discriminatória, visando dar oportunidade aos homossexuais, que levem em conta suas aptidões e não sua orientação sexual.<br />
Movimento Social dos Trabalhadores Sem Terra – MST - ocupações de terras a partir da tomada de consciência de um grupo de trabalhadores rurais sem terra. A estratégia básica do MST para alcançar seus objetivos consiste em invadir terras, em regras improdutivas, forçando negociações com os órgãos públicos a fim de legitimar a ocupação dos assentamentos. Surgiu em 1979 em Santa Catarina, fortemente influenciado pela Igreja católica, cresceu muito. A partir da segunda metade dos anos 80, quando passou a ter um explícito apoio de partidos políticos; marcou presença em todas as regiões do País contando com apoio técnico e jurídico das ONG’S, escolas, cooperativas, da população como manifestações populares de solidariedade. O MST ousa desafiar a estrutura secular do latifúndio no País.<br />
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Bibliografia<br />
TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação a Sociologia. S.Paulo: Atual, 2000.<br />
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Série Brasil. Ed. Àtica. S. Paulo, 2005.<br />
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<blockquote></blockquote>Natalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-79625807417997008022009-09-17T19:26:00.004-03:002009-09-17T19:31:49.369-03:00SOCIOLOGIA E SOCIEDADE<span style="font-size: large;"><b>S<b>ociologia e Sociedade</b></b></span><br />
<b><span style="color: red;">O que é sociologia? </span></b>A Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano dos indivíduos em associações, grupos, instituições, seus papéis, classe, cultura, poder, conflito,etc.. Assim, o estudo da sociologia abrange todas as áreas do convívio humano — desde as relações na família à organização das grandes empresas, o papel da política na sociedade, o comportamento religioso, etc.<br />
O foco de interesse da sociologia são os grupos humanos e as relações sociais desenvolvidas entre os seus integrantes. Como se dá essa relação Social? – Quando os indivíduos se relacionam com outros em sociedade (na vida em família, comunidades, grupos sociais, tribo, nações, etc.) interagem influenciando-se reciprocamente. <br />
Nesse sentido, a sociologia com o objetivo de compreender e explicar as diferentes sociedades examina a vida humana e suas relações sociais e entende que os seres humanos são seres sociais influenciados pela interação social, a qual é que esta é base das sociedades.<br />
<b><span style="color: red;">Com ocorre a interação social?</span></b> A sociologia ao tratar das relações sociais entre indivíduos, percebe nesse processo que os indivíduos interagem reciprocamente, ou seja, influenciam e são influenciados pelas idéias, linguagem, palavras, valores e cultura, atitudes, regras, costumes, princípios morais, as verdades dos outros, padrões etc. O simples contato não é suficiente para que haja interação. Para que haja interação é preciso que haja mudança do comportamento dos envolvidos como resultado do contato e da comunicação que se estabelece, principalmente por meio da linguagem. À medida que as pessoas interagem, se desenvolvem as regras e padrões de comportamento, compartilham as verdades. Esse processo chama-se socialização. Portanto, é a socialização que determina o comportamento e a vida em sociedade.<br />
Como se dá a socialização? Como já vimos é com a interação social que ocorre entre os indivíduos na sociedade, comunidade, grupos ou família. Pode ser uma relação econômica, pedagógica, familiar, etc. Assim também os indivíduos se aproximam ou se afastam se associam ou dissociam. <br />
À medida que nos socializamos aprendemos os costumes da nossa sociedade, os quais se tornam nossos costumes. Assim é que começamos a perceber que a ordem é possível.<br />
A ordem desenvolve-se através dos padrões que estabelecemos, das regras, das verdades e estrutura que criamos. E se mantém graças às famílias, estruturas, escolas, religiões, líderes políticos, rituais, regras e punições e interação contínua auxiliam a ordem.<br />
“Os seres humanos nascem inacabados: a natureza humana é apreendida, nosso próprio ser resulta da interação com os outros’ (COOLEY e MEAD)”. <br />
Para melhor entender como os seres humanos são influenciados pela relação social, será contada, resumidamente, o caso das crianças selvagens de aveyron na França.<br />
Abandonado na floresta (1797) aos 4 anos de idade. Aos 12 anos, capturado (passou a chamar-se Victor). Vestia-se com farrapos, suas pernas, braços, cabeça e peito ficavam nus. Apesar do frio não se sentia incomodado. Não pronunciava e não entendia palavras, andava como quadrúpede, apoiando-se nos pés e mãos. Rejeitava cama para dormir, preferia o chão.<br />
Diagnóstico do 1º médico: deficiência mental, por isso foi abandonado pelos pais.<br />
Diagnóstico do 2º médico (psiquiatra): agia assim por ter sido privado da convivência social e ausência absoluta da educação. <br />
Veja só o processo de relação social do menino com outros seres humanos, e observe como a relação social muda o comportamento social das pessoas.<br />
Um ano depois na convivência em sociedade - já se sentava à mesa, tirava água para beber, levava objetos a seu terapeuta, divertia-se ao empurrar um carrinho e começava a ler. Aprendeu a comportar-se a expressar sentimentos, a agir da mesma forma que as pessoas com as quais passou a conviver. 05 anos mais tarde fabricava pequenos objetos e podava as plantas.<br />
Hipótese a que chegou Itard (o médico psiquiatra) – a maior parte das deficiências intelectuais e sociais não é inata, tem sua origem na falta de socialização, da comunicação com seus semelhantes. O ISOLAMENTO SOCIAL prejudica a sociabilidade do indivíduo. Na verdade as crianças que crescem entre os animais são incapazes de desenvolver atitudes e sentimentos humanos antes de contato com outros indivíduos de sua espécie, que vivem em sociedade. Admitindo que os indivíduos não sejam humanos fora do ambiente social. Visto que aquilo que consideramos dele, o riso, jamais iluminaria o rosto de crianças que vivem isoladas.<br />
CONCLUSÃO a que chegou Itard – A maior parte das deficiências intelectuais e sociais se origina na socialização (na falta de comunicação com os seus semelhantes).<br />
O caso do menino selvagem mostra que “o ser humano é um animal social por excelência” (SÓCRATES). Só adquire vida social na relação com outros seres humanos.<br />
O caso das meninas (Amala e Kamala) criadas entre os lobos numa caverna na Índia, desde bebês encontradas com 4 e 8 anos (1921). Amala (4 anos) não resistiu, logo morreu. Kamala viveu cerca de 12 anos.<br />
Característica do comportamento: ambas, cheiravam comidas antes de tocá-las, dilaceravam alimentos com os dentes e faziam pouco uso das mãos para comer e beber. Tinham aguda sensibilidade auditiva e olfato desenvolvido, andavam curvadas como quadrúpedes com as mãos no chão (ambas tinham hábitos e comportamento alimentares diferentes do nosso). Seis anos depois Kamala andou ereta, mas não ficava a vontade na companhia das pessoas, preferia o convívio com os animais que não se assustavam com sua presença e pareciam até entendê-la.<br />
CONCLUSÃO – Os dois casos mostram que o indivíduo só adquire características verdadeiramente humanas quando convivem em sociedade com outros seres humanos estabelecendo relações sociais.<br />
O fato das meninas crescerem entre os animais fez com que se tornassem incapazes de desenvolver atitudes e sentimentos humanos antes de qualquer contato com outros indivíduos de sua espécie vivendo em sociedade.<br />
As meninas selvagens sobreviveram quase milagrosamente entre os animais selvagens, demonstra o quanto penaram para viver uma existência civilizada, deixa uma LIÇÃO: sem o denso tecido das relações sociais do qual participa todas as crianças não há humanidade. O indivíduo precisa do aprendizado para adquirir a maior parte de suas formas de comportamento. Para se tornar humano tem que aprender com outros seres humanos uma série e atitudes que jamais aprenderia em isolamento. Para que um bebê humano se transforme em um homem e mulher capaz de agir, viver e reproduzir como tais é necessário um longo aprendizado em que as gerações mais velhas transmitem as mais novas suas experiências e conhecimento.<br />
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<ol><li>Referências: OLIVEIRA:Pérsio Santos. Introdução à Sociologia. Série Brasil. Ensino Médio. V. único. Ed. ABDR, São Paulo, 2005.</li>
<li>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia</li>
</ol><br />
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Atividade de classe e pesquisa.</b></span></div>1) O que você entendeu por sociologia?<br />
2) Dê três exemplos de padrões de comportamento estabelecidos a partir da interação social entre indivíduos na sociedade.<br />
3) Marque as alternativas corretas, quanto às mudanças ocorridas no comportamento das crianças selvagens após a relação social estabelecidas com outros indivíduos em sociedade?<br />
a) O ser humano não é um animal social por excelência<br />
b) A maior parte das deficiências intelectuais e sociais se origina na falta de comunicação com os seus semelhantes.<br />
c) Os seres humanos nascem feitos.<br />
d) Os dois casos mostram que o indivíduo só adquire características verdadeiramente humanas quando convivem em sociedade com outros seres humanos estabelecendo relações sociais.<br />
e) O fato das meninas crescerem entre os lobos não interferira no desenvolvimento de suas atitudes e sentimentos humanos.<br />
4. Qual a principal diferença de comportamento entre um indivíduo que vive em sociedade e outro que vive isolado?<br />
5. o homem desenvolve, além das reações instintivas típicas de sua espécie como dormir, alimentar-se quando têm fome, reproduzir-se, que outras características o homem desenvolveu na teia de sua relação social?<br />
6. Pesquise em jornais e revistas exemplos de comportamento social. No caderno escreva o título do assunto, a data e o nome do veiculo de comunicação que você usou. Cole seu recorte ou escreva um resumo do texto. Faça um comentário pessoal sobre o tema pesquisado.Natalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-31421236335145080702009-09-10T11:45:00.001-03:002009-09-10T11:55:01.810-03:00Reflexões sobre o desepregoO Desemprego<blockquote></blockquote><br />
De fato, a forma contemporânea daquilo que se chama desemprego jamais é circunscrita, jamais definida e, portanto, jamais levada em consideração. Na verdade, nunca se discute aquilo que se designa pelos termos “desemprego” e “desempregados”; mesmo quando esse problema parece ocupar o centro da preocupação geral, o fenômeno real é, ao contrário, ocultado.<br />
Um desempregado, hoje, não é mais um objeto de uma marginalização provisória, ocasional, que atinge apenas alguns setores; agora ele está às voltas com uma implosão geral, com um fenômeno comparável às tempestades, ciclones e tornados, que não visam ninguém em particular, mas aos quais ninguém pode resistir. Ele é objeto de uma lógica planetária que supõe a supressão daquilo que se chama trabalho; vale dizer, empregos.<br />
(Viviane Foorester. O horror econômico. São Paulo: Ed. Da Unesp, 1997. p. 10-1.)<br />
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Questões<br />
1. Será que existe tanto desemprego mesmo? Ou será que o trabalho existe, mas as pessoas é que não querem trabalhar?<br />
2. Quando você vê uma estatística de desemprego, o que é que vem ao seu pensamento?Natalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-89331749826409900652009-08-29T00:27:00.003-03:002009-08-29T00:34:36.575-03:00Vídeo: Marx - Manifesto comunistaNatalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-86782522828298392032009-08-26T18:44:00.000-03:002009-10-02T15:28:16.384-03:00Positivismo e materialismo Histórico e seus Conceitos<br />As duas principais Correntes Teóricas da Sociologia: Teoria Positivista - Funcionalista / Materialismo Histórico - Crítica Social. <br /> <br />O que é corrente teórica? Consiste no conjunto de idéias ou princípios que se propõe a explicar como um fenômeno social ou uma realidade social funciona, ou seja, como os seus efeitos agem sobre a natureza, sobre o indivíduo. Essas idéias visam a conservação ou transformação da realidade.<br /><br />1. POSITIVISMO <br />Como entender o positivismo?- no dicionário é não admitir dúvida, o que é indiscutível, evidente, verdadeiro, certo, seguro, baseado nos fatos na experiência.<br />O Positivismo é caracterizado pela orientação científica do pensamento filosófico, atribuindo ao processo da ciência positiva a importância capital para o progresso de qualquer ramo do conhecimento. Essa forma de pensar o progresso positivo fez com que concluísse que os problemas sociais entre empresários e trabalhadores não se resolveria com uma luta política e sim através da ciência, da sociologia com base na ordem e no progresso. <br />A preocupação básica do positivismo clássico foi com a manutenção e preservação da ordem capitalista (sustentação dos interesses econômicos da burguesia), porque admitia que o capitalismo era a sociedade perfeita. Tratando, apenas, de conhecer os problemas da sociedade e dar uma solução cientifica. Concebia a sociedade como boa faltando, apenas, conhecer curar suas doenças.<br />No caso dos conflitos, crises sociais (Séc. XVIII e XIX) os positivistas não tomavam partido, acreditavam que podiam resolvê-los pela organização, buscando coesão e à harmonia natural entre os indivíduos, ou seja, estes deveriam se adaptar ou se conformar com a realidade existente de forma passiva e indiferente (sem consciência de classe).<br /><br />OS CONCEITOS BÁSICOS DO POSITIVISMO<br />A sociologia desenvolvida por Durkhein tenta compreender o capitalismo; para conseguir isso, Durkheim deseenvolve uma série de conceitos, ou seja, um conjunto de palavras novas que formam uma teoria.<br />Como podemos definir conceito? Pode-se dizer que é um conjunto de idéias desenvolvidas a partir de nossa inteligência para explicar um fenômeno qualquer.<br /><br />Assim, Durkheim ao observar, classificar e entender a sociedade capitalista desenvolve um conjunto de palavras novas, que são: Consciência Coletiva, Divisão do trabalho social, solidariedade orgânica , solidariedade mecânica, caso patológico e da anomia.<br /><br />CONSCIÊNCIA COLETIVA – é formada pelas idéias comuns que estão presentes em todas as consciências individuais de uma sociedade, retratando a idéia de que seja o Psíquico Social, portanto não é a nossa consciência individual que faz parte de nossa personalidade, como nosso jeito individual de pensar, agir e entender a vida. A consciência coletiva determina nossa conduta mais social, mais geral, ela está difusa (espalhada) em toda sociedade.<br />Como a consciência coletiva se manifesta na sociedade? Em nossas vidas? Ela é exterior ao indivíduo e coercitiva. Assim, é ela que irá impor as regras de uma sociedade ou o modo como o indivíduo irá agir ou se comportar em sociedade. Com isso, Durkheim compreende que as ações de uma pessoa são determinadas pela consciência social, pois quando o indivíduo nasce já encontra a sociedade constituída por regras, leis, cultura (direito, dos costumes, das crenças religiosas, do sistema financeiro, etc.) que foram criadas pelas gerações passadas e transmitidas pela educação. <br />Durkheim cita exemplos de consciência coletiva: não sou obrigado a falar o mesmo idioma dos meus companheiros de pátria, nem empregar as moedas legais, mas é impossível agir de outra maneira; se sou industrial nada me proíbe usando processos técnicos do século passado, mas se o fizer terei a ruína como resultado inevitável.<br /><br />DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL – Durkheim definia este termo como sendo a especialização das funções entre os indivíduos de uma sociedade. <br />O positivismo tenta entender o funcionamento da sociedade capitalista da mesma forma que a Biologia entende o funcionamento do corpo de um animal, isto é, Durkheim achava que a sociedade capitalista ao desenvolver-se, multiplicava-se as atividades a serem realizadas. Com isso cada indivíduo teria uma função a cumprir, a qual seria importante para o funcionamento de todo o corpo social. <br />Assim, de acordo com Durkheim, com o desenvolvimento ou progresso da sociedade capitalista surgem novas atividades, e mais atividades especializadas e estas por sua vez tornam-se divididas Desse modo os indivíduos passam a depender cada vez mais de outros. Por exemplo, o marceneiro passa a depender do lenhador que corta a arvore, do motorista que transporta a madeira, do operário que prepara o verniz, daquele que prepara pregos, martelos, serrotes, etc. <br />Mas, o efeito mais importante da divisão do trabalho social é tornar possível a união e solidariedade entre pessoas de uma mesma sociedade.<br /><br />Da SOLIDARIEDADE ORGÂNICA à SOLIDARIEDADE MECÂNICA <br />A SOLIDARIEDADE MECÂNICA - Durkheim via que nas sociedades tribais e feudal a divisão do trabalho social era pouco desenvolvida, não havia um grande número de atividades especializadas, e a união de pessoas se dava a partir da semelhança da religião, tradição ou sentimento comum a todos. Por exemplo, a produção de bens de consumo era realizada pelo trabalho artesanal, no qual uma só pessoa produzia aquilo que necessitava sem depender de outras pessoas. Ao fazer a mesa o servo só dependia de seu trabalho isolado. <br />SOLIDARIEDADE ORGÂNICA – é a união de pessoas a partir da dependência que uma tem da outra para realizar alguma atividade social quando a divisão do trabalho social aumenta. Esse aumento ocorreu com a divisão e especialização das funções na sociedade capitalista. E cada pessoa ao especializar-se na atividade que realiza, passa a desenvolver sua individualidade, ou seja, passa ter liberdade, seguindo suas próprias idéias, independente da consciência coletiva.. A individualidade passa a ser ressaltada, pois cada um, de posse de sua atividade, age como bem entende, aí não há divergência para por em risco a existência do grupo.<br /> Enquanto que com a solidariedade mecânica, em um grupo formado por amigos afins poderá ocorrer que um indivíduo discorde do outro, e isso pode ocasionar um conflito, pondo em risco a existência do grupo. Nesse caso, cada indivíduo deve agir seguindo a idéia comum do grupo e não a partir de suas próprias idéias para não por em risco a existência do grupo.<br />Durkheim tinha uma visão otimista sobre o futuro da sociedade capitalista, pensava que todo o progresso desencadeado pelo capitalismo traria um aumento da divisão do trabalho social e por conseqüência a solidariedade orgânica, a ponto de fazer com que a sociedade chegasse a um estágio sem conflitos e problemas sociais. Para ele o capitalismo era uma sociedade perfeita. Precisava-se apenas de conhecer os seus problemas e buscar solução científica para eles. Ou seja, a sociedade é boa precisando, apenas, curar suas doenças.<br /><br />A sociologia diante do caso PATOLÓGICO E DA ANOMIA - para Durkheim, os problemas políticos entre empresários e trabalhadores não se resolveriam com lutas políticas e sim através da ciência, essa seria a tarefa da sociologia como ciência: compreender o funcionamento da sociedade de modo objetivo para observar, classificar e compreender as leis sociais e descobrir suas falhas e corrigi-las por outras mais eficientes. Durkheim acreditava que o funcionamento da sociedade controlado pelas regras e leis faria com que os problemas sociais não tivessem sua origem na economia. Por exemplo, o aumento diário da criminalidade é porque as leis não regulamentam ou o combate ao crime está falhando. E quando as leis não estão funcionando ocorre o caso patológico. E a ausência de regras é a anomia que deve ser evitada através da criação de uma nova moral que superes a velha.<br /><br />Questão para responder:<br />1. Pense um pouco e tente encontrar exemplos de como a consciência coletiva exerce controle sobre nossa vida.<br /><br />O Positivismo no Brasil.<br />O positivismo teve influência fundamental nos eventos que levaram à Proclamação da República no Brasil, destacando-se o Coronel Benjamim Constant (que, depois, foi homenageado com o epíteto de "Fundador da República Brasileira"). Benjamin Constant Botelho de Magalhães (Niterói, 1836 — Rio de Janeiro, 1891) foi um militar, professor e estadista brasileiro. Adepto do positivismo, em suas vertentes filosófica e religiosa - cujas idéias difundiu entre a jovem oficialidade do Exército brasileiro -, foi um dos principais articuladores do levante republicano de 1889, foi nomeado Ministro da Guerra e, depois, Ministro da Instrução Pública no governo provisório. Na última função, promoveu uma importante reforma curricular. As disposições transitórias da Constituição de 1891 consagraram-no como fundador da República brasileira.<br />A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional. Na bandeira lê-se a máxima política positivista Ordem e Progresso, surgida a partir da divisa comteana O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista.<br />Outros positivistas de importância para o Brasil foram Nísia Floresta Augusta (a primeira feminista brasileira e discípula direta de Auguste Comte), Miguel Lemos, Euclides da Cunha, Luís Pereira Barreto, o Marechal Cândido Rondon, Júlio de Castilhos, Demetrio Ribeiro, Carlos Torres Gonçalves, Ivan Monteiro de Barros Lins, Roquette-Pinto, Barbosa Lima, Lindolfo Collor, David Carneiro, David Carneiro Jr., João Pernetta, Luís Hildebrando Horta Barbosa, Júlio Caetano Horta Barbosa, Alfredo de Morais Filho, Henrique Batista da Silva Oliveira e inúmeros outros.<br />Houve no Brasil dois tipos de positivismo: um positivismo ortodoxo, mais conhecido, ligado à Religião da Humanidade e apoiado pelo discípulo de Comte Pierre Laffitte, e um positivismo heterodoxo, que se aproximava mais dos estudos primeiros de Augusto Comte que criaram a disciplina da Sociologia e apoiado pelo discípulo de Comte Émile Littré.<br />Hoje os positivistas são em número reduzido, mas se reúnem no Rio de Janeiro (no Clube Positivista, no bairro da Cinelândia, e no Templo da Religião da Humanidade, no bairro da Glória, na rua Benjamim Constant), e ainda está sendo reativada a Capela no Rio Grande do Sul. A Igreja e o Clube são dirigidas pelo engenheiro Danton Voltaire Pereira de Souza, e tem experimentado um momento de reavivamento do interesse, na imprensa, revistas e comunidades acadêmicas.<br /><br />2. MATERIALISMO HISTÓRICO<br />O que significa Materialismo Histórico? é uma teoria crítica, também, negadora da sociedade capitalista, que assume como tarefa teórica a explicação crítica da sociedade, e como objetivo final a sua superação. Essa teoria liga-se a tradição do pensamento socialista que encontra em Karl Marx a sua elaboração mais expressiva, comprometida com a transformação revolucionária da sociedade o pensamento marxista procurou tomar as contradições do capitalismo na sociedade como um dos seus focos centrais.<br />Materialismo Histórico que se expressa com uma teoria crítica da sociedade capitalista, através da qual Carl Marx procura tornar os grupos desfavorecidos conscientes de seus interesses objetivos. Com argumentos científicos Marx evidencia as realidades sociais não observadas ou mascaradas por falsas idealizações. Explica a situação social reinante como um estágio e um desenvolvimento ainda em curso, pois tudo se transforma, se modifica desde as leis, hábitos, costumes. Mostra que as ideologias estranhas à realidade da classe trabalhadora têm a função de manter os interesses da classe dominante. <br />A força dessa teoria deixada por Marx abre campo para a renovação social, tarefa do proletariado consciente. Logo, é a teoria crítica que abriu espaços para a reflexão da realidade e de tudo que está posto por uma classe dominante através de sua visão de mundo. Visão que não combina com nossa realidade, mas que de forma sutil e coercitiva se introduz em nossa vida, e sem percebermos assimilamos seus valores, os quais têm sempre por fim alimentar seus próprios interesses, movidos pelo poder do lucro econômico do capitalismo. Tendo por base a teoria crítica da sociedade, podemos analisar realidade e enxergar criticamente as contradições sociais existentes que nos envolve na sociedade. <br /><br />OS CONCEITOS BÁSICOS DO MATERIALISMO HISTÓRICO<br />Enquanto Durkheim com o Positivismo queria saber como é a sociedade, estudando a consciência social e as regras morais, o Materialismo Histórico de Karl Marx irá analisar a forma de as pessoas trabalharem nessa sociedade (explicada através dos conceitos básicos). Percebendo-se que o Positivismo e o Materialismo Histórico são duas formas radicalmente opostas de entender a sociedade capitalista. Aceitar uma implica em negar a outra.<br />Para entender o materialismo histórico Karl Marx desenvolveu os seguintes conceitos: Mercadoria, Capital, Lei da Mais-Valia, Classes Sociais, Estado e Ideologia.<br /><br />MERCADORIA <br />Marx em seu livro O Capital afirmava que a sociedade aparece, inicialmente, como um grande depósito de mercadoria – relaciono-me com o padeiro, pois compro pão, com o cobrador de ônibus, pois pago a passagem, etc. O trabalhador vende sua capacidade de trabalhar em troca de um salário, assim por diante. <br />O processo de circulação simples de MERCADORIA foi a base da organização da economia durante o mercantilismo – infância do capitalismo - momento em que a principal forma de acumular riqueza era através da troca de mercadorias (o comércio – 1400 a 17000), logo o que caracteriza esse processo é a troca de mercadorias. <br />Para sobreviver os indivíduos produzem os bens materiais para o seu consumo transformando a natureza através de seu trabalho e trocam entre si os produtos de que necessitam. Por exemplo: a pessoa A tem um quilo de pão e B tem uma loja de sapatos. A necessita de sapato e B de pão, assim, ambos trocam os produtos. <br />E o que determina que na troca das mercadorias meio quilo de pão vale um par de sapatos? - É o tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção: se A leva 4 horas para fabricar meio quilo de pão, ele irá trocar pelos pares de sapatos de B que levou essa mesma hora para ser fabricado.<br /><br />E se B não quiser trocar o sapato pelo pão? A troca não se efetua. Então, surge o DINHEIRO. Assim A leva seu pão ao MERCADO e troca o pão pelo equivalente em DINHEIRO (ouro), em seguida troca esse dinheiro por um par de sapatos. <br />Esse processo de circulação simples pode ser apresentado da seguinte forma:<br /><br />M D M<br />Mercadoria Dinheiro Mercadoria<br />venda compra<br /><br />Podemos perceber que a MERCADORIA caracteriza-se por possuir um valor de troca, ou seja, uma capacidade para ser trocada, e um valor de uso.<br />Quando passa do Mercantilismo ao CAPITALISMO (1701 até hoje) o que caracteriza a economia é o processo de formação de capital.<br />Processo de FORMAÇÃO DE CAPITAL – o que caracteriza esse processo não é mais a troca de mercadorias como no Mercantilismo, e sim a preocupação em produzir mercadorias (indústria). Trocando o Dinheiro por Mercadoria para em seguida trocar por mais Dinheiro. Na seguinte forma:<br /><br /> D M D<br /> Dinheiro Mercadoria Mais Dinheiro<br /> compra venda <br /> Exemplo: com R$ 100,00 compro uma CAMISA (mercadoria) e vendo por R$ 200,00 (dinheiro), terei R$ 100,00 a mais de lucro mais Dinheiro . Como explicar esse aumento de R$ 100,00? <br />- No processo da circulação do capital não pode ser, pois o empresário que aumentou sua mercadoria para revendê-la, poderá perder esse lucro ao comprar outra mercadoria também com preço maior. Nesse caso, o capital se mantém constante. Portanto, se o lucro não nasce no momento da troca, ele só poderá nascer no momento em que o PRODUTOR FABRICA SUA MERCADORIA:<br /><br />Compra com dinheiro determinadas mercadorias, transformando-as, acrescentando-lhes maior quantidade de TRABALHO, alterando para mais o seu valor<br /><br />Assim o empresário que quer aumentar uma soma de dinheiro e torná-lo capital - compra o couro (matéria-prima), a máquina (meio de produção) e a força de trabalho (o operário). A FORÇA DE TRABALHO é a mercadoria com maior característica de acrescentar valor a outras mercadorias, ou seja, tem a capacidade de transformar o couro em sapato. A Força de trabalho, também, tem um preço estipulado, definido para sustentar todos os bens de consumo necessários para manter o trabalhador vivo em condições de trabalhar e de se reproduzir.<br /><br />A LEI DA MAIS-VALIA<br /> Segundo Marx, é no momento em que o empresário compra a força de trabalho de seu empregado que nasce o processo de exploração capitalista. De que modo?<br />O empresário, ao pagar os salários aos trabalhadores, nunca paga a eles o que realmente produziram.<br /> É nesse processo D-M-D+ quando o trabalhador produz muito mais do que recebe, e o empresário fica rico, não a custa de seu próprio trabalho e sim do trabalho de seus empregados, pois estes com sua a força de trabalho transformam e geram maior valor à mercadoria. Sabendo que os trabalhadores <br /> Um exemplo dessa relação de exploração do empresário ao trabalhador: se um empresário quiser aplicar R$15,00 na fabricação de um par de sapatos para obter lucro, deverá obter certa quantidade de couro (digamos R$10,00), uma máquina, cujo gasto para fabricação de 1 par de sapatos seja de R$2,00. Suponhamos também que o tempo de trabalho para fazer um par de sapatos seja de 4 horas (de que necessita para suprir de certos bens materiais de consumo, que equivalem a um dia de sobrevivência - 24 horas, que representa de uso de força de trabalho). Vamos imaginar que o gasto para manter essa força de trabalho durante 24 horas seja de R$3,00. Bem, até agora, nosso empresário, para fazer um par de sapatos gastou R$15,00. Onde, então, está o lucro?<br /><br />PARA OBTER LUCRO, basta o empresário aumentar a jornada de trabalho de 4 para 8 horas, e assim obterá: R$20,00 em couro, R$4,00 no uso de máquinas e R$3,00 em força de trabalho, obtendo um total: R$27,00.<br /><br />Vimos que o preço real do sapato é de R$15,00, mas aumentando a jornada de trabalho para 8 horas teremos 2 pares de sapatos que custam para o empresário R$27,00. Agora, o empresário pode vender cada par a R$15,00, e terá, então, R$30,00, sendo que para fabricá-los gastou R$27,00. A diferença de R$3,00 equivalente a 4 horas a mais que constitui o lucro, isto é:<br />O excedente de valor produzido que não é devolvido ao trabalhador; sendo apropriado pelo capitalista. Isso é o que Marx define como sendo a mais-valia.<br />(O exemplo citado acima foi feito com base nas afirmações de Marx no seu livro O Capital, I, capítulo V.)<br /> A mais-valia é que irá caracterizar o capital, pois parte dela é reempregada no processo de acumulação capitalista. Assim, podemos perceber que o Capital não é algo mágico; ele nasce de determinadas relações sociais de produção e as<br />Mercadorias nada mais são do que a materialização do trabalho que não foi pago ao empregado<br /> Sem esse raciocínio, há inversão de sentidos - as coisas não aparecem tão claras, somos levados a pensar que as mercadorias têm qualidade própria; que no processo de troca, as mercadorias se equivalem; que o dinheiro possui um poder mágico de compra. Dando a impressão de que o valor de trocas não equivale ao valor tempo de trabalho, e sim da manifestação das leis de oferta e procura. <br />A essa inversão de sentidos, Marx denominou de fetiche das mercadorias, e consiste basicamente em dar a impressão de que as relações sociais de trabalho são apenas relações sociais entre mercadorias. Fazendo com que as relações de exploração entre patrão e empregado fiquem encobertas, favorecendo a própria continuação do capitalismo.<br /><br />CLASSES SOCIAIS<br /> Para Marx, o capitalismo organiza-se de modo a dar origem a duas classes sociais: os empresários (ou burgueses) e os trabalhadores (ou proletários).<br /><br />Uma pessoa é considerada pertencente à classe dos empresários quando possui capital, isto é, quando é proprietária dos meios de produção e compradora de força de trabalho (os empresários seriam os donos das indústrias, das grandes fazendas, dos bancos ou do grande comércio).<br /> <br />Uma pessoa é considerada pertencente à classe trabalhadora quando não tem nada, a não ser sua capacidade de trabalhar (força de trabalho), que vende ao empresário em troca de um salário (os operários, os camponeses, bancários, balconistas, auxiliares de escritório, empregadas domésticas, professores, secretárias, etc.)<br />Estas duas classes, segundo Marx, relacionam-se de modo a criar um conflito. Como? - Estudando a lei da mais-valia, percebemos que os empresários exploram os trabalhadores, não lhes pagando tudo aquilo que produziram. Assim, ao receberem um salário baixo são condenados a se alimentarem mal, a se vestirem mal, a morar em péssimas condições e ter uma saúde deficiente. <br />E para tentar mudar esse modo de vida é preciso que os trabalhadores organizem-se nos bairros, nas escolas e fábricas, exigindo dos empresários, ou do Estado, o direito a uma vida digna. Entretanto, aumentar o salário implica diminuir o lucro e privilégios do empresário, surge daí um conflito social:<br /><br />Empresários lutando por mais lucro contra trabalhadores lutando por uma vida melhor. É o que Marx define por luta de classes.<br />Marx atribuiu aos trabalhadores à condição de CLASSE REVOLUCIONÁRIA, quer dizer, aquela classe que pode contribuir para a construção de uma nova sociedade sem exploradores nem explorados, por sua capacidade de se organizar e de lutar por seus direitos. Portanto, a superação dos problemas sociais no capitalismo não se dá como pensava Durkheim, através da ciência e sim por meio de uma luta política<br /> Sociólogos contemporâneos (tempos atuais) afirmam que no interior da classe trabalhadora existem diversas divisões que podem dificultar a união dos trabalhadores em função de uma LUTA EM COMUM. Estas diferenças culturais na classe trabalhadora, seu comportamento cultural e político, são originadas por profissões diferentes, pela cor ou pelo sexo. Por exemplo, os valores e problemas da mulher que é, ao mesmo tempo, mão, dona-de-casa e trabalhadora são diferentes dos do homem. Um operário qualificado possuidor de casa própria pode ter um comportamento social e político diferente de um operário não qualificado, residente numa favela.<br /> <br /><br />ALIENAÇÃO<br /><br /> O termo alienação, originalmente, - e ainda hoje – era o termo da psiquiatria que designava uma forma de perturbação mental, como a esquizofrenia – uma perda da consciência ou da identidade pessoal. Do posto de vista econônico-social é a perda da consciência de si em virtude de uma situação real. O homem perde sua consciência pessoal, sua identidade e personalidade, o que vale dizer sua vontade é esmagada pela consciência do outro ou pela consciência social – a consciência de grupo. O homem perde parcial ou totalmente sua capacidade de decisão. É ainda sua integração absoluta no grupo: ele massifica passa a pertencer à massa e não a si mesmo. Torna-se estranho a si mesmo e ao resultado de suas ações, invertido em relação as suas intenções, desejos ou necessidades<br /> Marx faz do conceito alienação uma peça-chave de sua teoria para a compreensão da exploração econômica exercida sobre o trabalhador no capitalismo. A indústria, a propriedade privada e o salário alienavam ou separavam o operário dos “meios de produção” (ferramentas, matéria-prima, terra e máquina) e do fruto de seu trabalho, que se tornaram propriedade privada do empresário capitalista. Com o advento da máquina, o trabalho tornou o operário duplamente alienante: à máquina e ao dono da máquina. O homem se torna parte dela como o parafuso ou uma engrenagem. Não é o homem que produz é a máquina, ele limita-se a fazê-la funcionar, movimentá-la, detê-la. O aperfeiçoamento da máquina à medida que reduz o esforço físico do homem mais reduz sua participação e em conseqüência mais reduz sua intervenção consciente no trabalho. A máquina moderna dispensa a inteligência e a consciência humana e o anula como homem, se tornando uma peça dela.<br /> Politicamente, também o homem se tornou alienado, pois o princípio da representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um órgão público imparcial (justo) capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder delegado pelos indivíduos, tornando-os indiferentes às decisões, passivos, não percebendo se seus interesses estão sendo defendidos, sem participação política. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes o Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o interesse desta.<br /> Segundo Marx, a “divisão social do trabalho” fez com que o pensamento filosófico e científico se tornasse atividade exclusiva da classe dominante. As diversas escolas filosóficas passaram defender a visão de mundo e refletir os interesses dessa classe. Algumas, como o liberalismo, transformaram-se em verdadeiras “filosofias de Estado”. O mesmo aconteceu com pensamento científico que, pretendendo-se universalizar, passou a expressar a parcialidade da classe dominante. Esse comprometimento do filósofo e do cientista em face do poder resultou também em nova forma de alienação para o homem que se tornou inconsciente, esquecendo suas verdadeiras aspirações e necessidades. <br /> A classe trabalhadora, miserável, também sem oportunidades escolares de desenvolver sua formação nessas áreas de conhecimentos torna-se alienada, indiferente à participação e decisão político-social. <br /> Alienado, separado e humilhado, o homem só pode recuperar a integridade de sua condição humana pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social. Essa crítica radical, que nasce do livre exercício da consciência só se efetiva na práxis, que é a ação política consciente e transformadora. A crítica está assim unida à práxis (novo método de abordar e explicar a sociedade e também um projeto para a ação sobre ela). Assim o marxismo se propunha como opção libertadora do homem.<br /><br />IDEOLOGIA<br /> Karl Marx se refere a ideologia como um sistema elaborado de representações e idéias, que corresponde as formas de consciência que os homens tem em determinada época. Na sociedade capitalista a ideologia busca identificar a realidade social da classe dominante, esconde, oculta as contradições existentes e silencia as representações contrárias as dessa classe. Essas representações, que são da classe trabalhadora, são classificadas como quimeras, imaginárias, ilusões, sonhos, em fim, algo que está em oposição às condições materiais da vida real. <br /> É uma forma de dominação e controle sobre os trabalhadores, só que se apresenta de forma mais eficiente que a ação do Estado. Para entender o que seja ideologia, é importante, em primeiro lugar, saber que as pessoas, quando travam relações entre si através do trabalho, PENSAM e REFLETEM, criando representações simbólicas (pensamentos, idéias).<br />Aquilo que as pessoas pensam sobre a forma de como trabalha influi para que entendam sua própria vida social.<br /> A forma mais elaborada de pensar recebe o nome de FILOSOFIA. A filosofia capitalista, no entanto, desenvolve-se através de poucas pessoas (os intelectuais), pois requer conhecimentos adquiridos numa educação especializada, a que poucos têm acesso (Antonio Gramsci).<br /> Ao lado da Filosofia temos o SENSO COMUM, que nada mais é do que o conjunto de pensamentos e conclusões sobre a vida de forma simples, por pessoas comuns.<br /> No seu conjunto, a FILOSOFIA CAPITALISTA (como elaboração de pensamento) e o SENSO COMUM (como a difusão do pensamento na sua forma mais simples) FORMAM A ESTRUTURA IDEOLÓGICA DA NOSSA SOCIEDADE. Em resumo:<br />Podemos definir a ideologia como sendo a elaboração do pensamento através da filosofia e sua difusão através do senso comum, a partir da forma de como os homens se relacionam no trabalho.<br />Vejamos um exemplo: a idéia de progresso aparece como uma caminhada em busca de uma perfeição contínua. Todos devem trabalhar para progredir ‘vencer na vida’ para ter uma vida melhor daquela que possuem. Em grande parte ‘vida melhor’ é entendida pela quantidade de bens e propriedade que o indivíduo possui. A partir daí procurou-se disseminar a idéia de que todos têm as mesmas possibilidades e condições de melhorar de vida, precisando apenas esforço e dedicação pessoal. Parte-se do pressuposto de que a sociedade capitalista é uma sociedade harmônica, em que não há nenhuma forma de exploração.<br /> Assim, quando afirmamos que existe uma dominação através da ideologia, queremos dizer que a filosofia capitalista preocupa-se em transmitir uma visão de mundo acrítica e passiva, para que se aceite a exploração como algo natural, que sempre existiu e sempre existirá.<br /> Na sociedade atual podemos afirmar que os instrumentos para impor a IDEOLOGIA são:<br />A escola, os meios de comunicação de massa, clubes, entidade assistenciais, seitas e alguns setores da religião.<br /> Assim, para Marx, os empresários utilizam-se tanto do Estado quanto da Ideologia para controlar os trabalhadores, isto é, para explorá-los sem que eles percebam.<br />Hoje podemos dizer que a ideologia é um conjunto de idéias, procedimentos, concepções religiosas, filosóficas, intelectuais, que possui certa lógica e que orienta o sujeito para determinadas ações de uma forma partidária e responsável. Possui também, uma grande capacidade de mobilizar pessoas e as massas. Não é somente esse conjunto de elementos citados, ela tem uma poderosa força para acionar indivíduos. Torná-los ativos de certas idéias e ideais, na política, na religião e no dia a dia. Fazendo com que as pessoas produzam obra de arte, escrevam, trabalhem por alguma causa, explorem os outros, dediquem-se a alguma religião, cuidem da natureza e assim por diante.<br />Na sociedade atual podemos afirmar que os instrumentos para impor a IDEOLOGIA são: A escola, os meios de comunicação de massa, clubes, entidade assistenciais, seitas e alguns setores da religião.<br /><br />Referências :<br />COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. S. Paulo: Moderna, 2005.<br />MEKSENAS, Paulo. Aprendendo sociologia: A paixão de conhecer a vida. 9ª edição. Ed. Loyola. S. Paulo, 2005<br />OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Série Brasil. Ed. Àtica. S. Paulo, 2005.<br /><br /><br /><br /><br />Questão para responder:<br />1. Pense um pouco e tente encontrar exemplos de como a consciência coletiva exerce controle sobre nossa vida.<br /><br />Atividade de Pesquisa:<br />Assunto: As duas principais correntes teóricas da sociologia: Positivismo e Materialismo Histórico ou Crítica Social.<br /><br />1. Explique o que significa teoria Positivista.<br /><br />2. Identifiquem e complete nas questões abaixo as idéias teóricas do positivismo, ou do materialismo histórico.<br /><br />a) As idéias _____________________________ são conservadoras, pois acreditam que a sociedade não deve ser mudada, que as coisas devem permanecer como estão, receiam qualquer transformação social. Por fim, admitem que os problemas sociais criados pelo capitalismo sejam resolvidos dentro do próprio capitalismo. <br />b) Segundo o ___________________________ a sociedade é um fenômeno transitório, isto é, passível de ser transformado. A mudança social poderá surgir no momento que a classe trabalhadora organizar-se e lutar para a criação de uma nova sociedade. Portanto são idéias transformadoras e revolucionárias.<br /><br />c) Segundo idéias de Karl Marx, relacionadas à teoria _________________________________, a superação dos problemas sociais no capitalismo não se dá como pensava Durkheim, através da ciência e controle do Estado, mas sim através da luta política das classes trabalhadoras.<br />d) A teoria ________________________________ afirma que uma pessoa é considerada como pertencente à classe trabalhadora quando não tem nada, a não ser sua capacidade de trabalhar (força de trabalho) que vende ao empresário em troca de um salário.<br />e) O ______________________________ através de Durkheim acreditava que os problemas sociais não tinham sua origem na economia como pensava Marx, e sim numa crise moral, isto é, num estado social onde não existem leis ou as leis não estão funcionando, portanto, cabe ao poder Estado criar leis e a partir dela uma nova moral social para na prática controlar as pessoas e organizar a sociedade.<br />f) De acordo com as idéias _____________________________ o capitalismo é a sociedade perfeita, precisa-se apenas conhecer os seus problemas e buscar uma solução científica para eles. Em outras palavras a sociedade é boa, sendo necessário apenas curar suas doenças.<br />g) O __________________________________se expressa como teoria crítica da sociedade capitalista, através da qual, Carl Marx procura tornar os grupos desfavorecidos conscientes de seus interesses objetivos. Com argumentos científicos Marx evidencia as realidades sociais não observadas ou mascaradas por falsas idealizações..<br />3. Analise segundo o ponto de vista da teoria positivista, que atitudes ou decisões poderiam ser tomadas diante de uma greve de trabalhadores reivindicando melhorias salariais?<br />4. Para o pensador positivista Durkheim, o que significa divisão social do trabalho?<br />5. Baseando-se na teoria de karl Marx: Materialismo histórico, comente sobre a origem do lucro, da riqueza em nossa sociedade e as conseqüências para o trabalhador. <br />6. Pesquise reportagens sobre situações ou problemas sociais gerados pela organização da sociedade capitalista, tais como o consumo de massa, a pobreza, a criminalidade, o analfabetismo, etc. e faça comentários sobre esses problemas considerando a compreensão do Materialismo Histórico ou Crítica Social de Karl Marx.<br />7. Comente sobre o significado do conceito alienação <br />8. Diga o que você entendeu sobre ideologia?<br /><br />Natalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-32086822461038731572009-08-25T21:34:00.003-03:002009-09-08T14:58:54.280-03:00Vídeo: Tempos ModernosNatalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-72006150072577119652009-08-25T21:16:00.004-03:002009-09-09T23:36:55.221-03:00Vídeo sobre Fordismo/TaylorismoNatalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-15612300652429472082009-08-25T20:44:00.005-03:002009-10-03T16:36:58.343-03:00Texto: Augusto ComteNatalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8057589918909136429.post-90257794726268767362009-06-24T23:13:00.005-03:002009-06-24T23:32:11.974-03:00RecadosNatalina Lagoiahttp://www.blogger.com/profile/04702488460656089706noreply@blogger.com0